Dizer

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O suor escorrega sobre o meu corpo pesando como cansaço sobre a minha alma. A voz de revolução que gritava continuamente a objectificações da realidade calou-se. A fonte das lágrimas há muito que secou. Não há lamentações nem pedaços de alma carregados de sentimentos por ti. Há apenas revolta, fúria por seres o passado perfeito e não o presente. Mas até isso quero acorrentar a retalhos e atirar da colina mais alta para que não mais haja tais aberrações a separar amizades.

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Sabes foram algumas as noites em que as lágrimas pesavam e escorriam sobre a cara. Sobre o meu coração jazia um escudo que constantemente me impedia de o admitir. Mas ergui-me sobre pontes movediças de imperfeições mais que imperfeitas e raivas, melancolias e revolução sempre subtilmente ironizadas. Fiz o certo pelo caminho errado. Mas sabes, orgulho-me disso. Não te saberás levantar se nunca caiste. E eu cai, chorei e levantei-me. E hei-de cair tropeçar e chorar. E valerá sempre a pena. Sabes porquê? Porque eu amo a vida e amo viver.

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Eu sou um almirante a pessoa em constante descoberta de si mesmo. Mas tenho dentro da minha alma um fogo, uma voz que grita desalmadamente que me abre um sorriso maior que o sol n'algumas manhãs, que me agita o ser e a alma e me faz correr desalmadamente rumo a pedaços de nada, a paixões, a coisas que ninguém vê, a pensamentos perdidos e sonhos achados. Há em mim sede de viver, de agitação. E o grito que agora dou não tem voz tem alma não se ouve, não se diz...sente-se!